ANTÍPODA
Era uma noite fria
De sol enluarado
E de um dia quente
De lua ensolarada
Onde de repente
Vi um elefante voando sob as planícies,
Enquanto que o jacaré
Passeava tranquilamente sobre as águas doces do mar.
Sim, vi também,
As estrelas brilhando na terra,
Enquanto que no céu
O vulcão lançava suas águas frias
Sob a terra ardente.
Porém, de repente,
Vi um cadáver azougado
Andando para frente
E correndo para trás
Gritando para o vivo,
Que não estava morto
E que era apenas uma miragem.
Mais adiante
Vi um homem à porta do necrópole
Confessando que não era um alcoólatra
E que apenas bebi para adquirir coragem
A fim de se apresentar à platéia,
Trajando um vestido longo
Para não mostrar a sua verdadeira identidade.
Durante essa maravilhosa caminhada
Pelo planeta sem nome,
Vi um bêbado fumando um cigarro
E falando para uma pedra
De que ele não era um viciado.
AMIZADE EXPIRADORA
Foi através do Poeta Andrielce Leite
Que conheci a Poetisa Mariomar,
Com os seus oitenta anos de vida
E de experiência para o mundo ofertar.
Com a sua voz doce e meiga
A todos sabe levar,
Porque o seu maior objetivo
É o de não permitir que a poesia
Possa um dia acabar.
O seu sonho é como o doce mel da vida
Que nos traz um brilho de esperança
Da Suprema Criação Divina,
Onde exala a essência de uma criança.
Pedra preciosa, que devemos admirar,
Como o lírio do campo
E a brisa do mar.
Como Poetisa o seu destino é refrescante
Com os seus versos cor-de-rosa
Da poesia é amante.
TROVADOR – BRASILEIRO – RODOLFO COELHO CAVALCANTE
Bahia, 08/10/1986.
Rodolfo Coelho Cavalcante
O amigo de todo instante
Partiu para eternidade,
Deixando muita saudade.
Como grande Trovador Brasileiro
Sempre foi hospitaleiro
Para com os seus confrades
Demonstrando assim uma grande amizade.
Fique certo de que o seu nome
Nunca será esquecido,
Quer seja nas academias
Ou nos livros de poesias.
SONHO ALUCINANTE
Certa noite quando dormia sob uma cama
Sonhei que estava sentado sob uma pedra,
Que se encontrava no mar à beira do rio;
Quando de repente,
Eis que vi uma vaca
No galho de uma árvore
Cantando uma bela canção.
Enquanto isso, o cardeal,
Passeava sob as águas salgadas do rio.
Mais adiante notei que um macaco
Falava para o papagaio
Que a raça humana
Precisava ser preservada e estudada,
Porque era uma espécie muita complicada,
Pois nada entendia e, a tudo destruía.